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A Odisseia
Autor: Filipe Moreau
Editora: Laranja Original
Avaliação:
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Fora de estoqueCódigo: 9788592875794
Categoria: Entretenimento
Descrição Saiba mais informações
Por volta de 2000 a.C., um grupo seminômade de indo-europeus começou a invadir a península grega e algumas ilhas ao redor, expulsando ou dominando os povos de ocupação anterior (e assimilando suas culturas). Vivendo a Idade do Bronze, os Aqueus formaram uma civilização fortemente influenciada por Creta, restando hoje as suas ruínas e vestígios arqueológicos, além de uma enorme quantidade de registros sobre costumes e fábulas que engrandeceram a poesia épica e trágica das civilizações à volta nos séculos seguintes. Em cerca de 1200 a.C., os Aqueus enfrentaram os Dardanelos e destruíram Troia, na Frígia. A guerra teria sido motivada pelo rapto de Helena, filha de Zeus e mulher mais linda do mundo (casada com Menelau, rei de Argos, ela fora levada por Páris, o príncipe troiano, como é narrado na Ilíada, cronologicamente o primeiro épico da dupla que está na origem da literatura ocidental). O desempenho guerreiro e a volta dos Aqueus às suas terras foram temas de inúmeras narrativas, das quais sobreviveram as duas atribuídas ao poeta (e músico) Homero, de quem quase nada se sabe. A Ilíada conta os episódios da guerra (sendo os mais célebres a construção do cavalo de madeira e a morte de Aquiles), e a Odisseia as aventuras de Odisseu, rei de Ítaca e mais espirituoso líder daquela guerra, em sua volta para casa depois da destruição de Troia. A lendária cidade de Troia é hoje um sítio arqueológico que fica na península da Anatólia, na Turquia, a sudoeste do monte Ida. Em relação à Odisseia, pode-se identificar a geografia em que se dão os eventos de sua principal sequência (excluindo-se as histórias narradas por Odisseu) como sendo a península do Peloponeso e algumas das atuais (pois o nome se manteve) ilhas jônicas. Os épicos provavelmente resultam da fusão de muitos poemas de autores anônimos, tecidos ao longo do tempo por aedos (músicos cantores, contadores de histórias) ditos homéridas (discípulos de Homero), transmissores de uma tradição oral que atravessou séculos e gerações. A edição mais antiga que se conhece não foi certamente a primeira, mas a determinada no século VI a.C. por Pisístrato, ou por seu filho Hiparco, ambos tiranos de Atenas. Outras edições também se deram por iniciativas particulares e públicas em diversos lugares e tempos. O texto atual veio de uma correção de supostos erros e contradições feita pelos eruditos de Alexandria por iniciativa de Ptolomeu nos séculos III e II a.C. Anteriormente havia uma complexa mistura de dialetos (com predomínio do jônio e incidência de muitas formas eólias), e não era possível aos sábios da época separar os trechos ou padronizá-los. Algumas partes talvez viessem de dialetos mais antigos (entre eles, provavelmente, o aqueu), havendo também hiatos que se justificavam pelo desaparecimento de semivogais indo-europeias — existentes na linguagem original da narrativa — ao se transpor para o jônio e o eólio. Notam-se, principalmente, as repetições de epítetos, de hemistíquios (cada uma das metades, iguais ou desiguais, em que a pausa divide o verso, especialmente o alexandrino), de versos e até de grupos de versos, o que se explica pelo caráter popular da composição. Havia um repertório prévio de “refrões” a serem lembrados pelos contadores, pois era assim que a poesia homérica se alastrava, com seus autores recorrendo livremente a um arsenal de fórmulas. Embora a narrativa envolva deuses, feiticeiras, almas e monstros, há também uma descrição realista das pessoas, dos costumes, de cenas do cotidiano, de lugares, do cultivo de plantas e da domesticação de animais, das construções de armas e barcos, dos preparos de alimento e bebida, dos cuidados com as vestes — tudo transportado para o mundo das fantasias, da maravilha, do amor, da glória e do convívio com o sagrado. Os textos que compõem a Odisseia e a Ilíada são anteriores à maior parte da Bíblia judaica e até hoje não deixam de provocar sentimentos românticos aos que se levam a imaginar uma jovem princesa lavando suas roupas no rio, um mendigo contando histórias para um rei, um vaqueiro, um músico e mesmo um vilão sendo chamados de divinos. O épico traz a saga de um guerreiro “manhoso” que muito vagueia em sua volta para casa passando por infortúnios e prazeres de amor e aventura (que sobretudo retardam a realização de seu maior objetivo, que era estar em solo pátrio com a família). O herói não é uma máquina de destruir inimigos (como, Aquiles, na Ilíada), mas um ser essencialmente humano, que sofre, mente, mata e sobrevive. Segundo Homero, os responsáveis pelo que nos foi historicamente legado são os deuses da época: se a guerra arruinou muitos homens, foi para que outros dedicassem os seus poemas à posteridade. Filipe Moreau Editor, músico e poeta, dono da Laranja Original
Páginas | 440 |
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Data de publicação | 01/07/2025 |
Formato | 14x21x2 |
Largura | 14 |
Comprimento | 21 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Classificações BISAC | ANT000000; PHI000000 |
Classificações THEMA | N; Q |
Idioma | por |
Peso | 0.6 |
Lombada | 2 |
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