Retomando os ideais iluministas e as formulações dos Pais Fundadores, o renomado colunista político e vencedor do Prêmio Pulitzer George F. Will propõe um retorno à tradição conservadora.

A sensibilidade conservadora, de George F. Will, é uma obra que apresenta uma defesa fundamentada do conservadorismo, baseado nos ideais do iluminismo e na tradição dos Pais Fundadores dos Estados Unidos. O autor sustenta que os direitos naturais — como a liberdade individual e a propriedade — são anteriores ao Estado e devem ser resguardados por um governo constitucional e com poderes limitados.

George F. Will diferencia o conservadorismo norte-americano do europeu, destacando que o primeiro busca preservar os princípios estabelecidos na fundação dos Estados Unidos, como o federalismo e a separação de poderes, enquanto o segundo está mais associado a tradições de caráter aristocrático e religioso. O autor critica o progressismo por seu incentivo a um governo amplamente intervencionista, que, em sua visão, ameaça a liberdade individual e compromete a responsabilidade cívica.

Dessa maneira, ao longo do livro, George F. Will explora questões como o papel da religião na sociedade, a relevância da virtude cívica e os riscos associados a um Estado administrativo que excede os limites impostos pela Constituição. Ele defende uma sociedade estruturada na interação livre entre indivíduos, em oposição às intervenções governamentais excessivas.

Portanto, A sensibilidade conservadora é tanto uma análise filosófica quanto uma chamada à retomada dos valores liberais clássicos. É a defesa de um conservadorismo que prioriza a liberdade, a tradição e a limitação do poder estatal, um chamado à recuperação do conservadorismo como única saída para preservar a democracia.

Esta obra é leitura essencial para quem busca entender os dilemas contemporâneos das democracias liberais e a relevância da filosofia política conservadora.