Nesta Balada do Crisântemo Fincado no Peito, de Marcio dal Rio, a questão central de nossa deslocada modernidade empurra o indivíduo para o elevador panorâmico de uma estranha multinacional, de onde verá o Brasil, os outros e a si mesmo... Indivíduo este que é o herói do poema e, ao mesmo tempo, os seus leitores. Esconder-se, então, mais do que nunca, é atitude política inaceitável. Fincada no coração do homem brasileiro, essa balada será mais que uma epopeia de amor, instaurando a luta entre a civilidade cultural do carpaccio e a manifestação naturalizada do arroto, chave analítica estabelecida logo no início do texto.