O primeiro livro da Cristina foi autobiográfico: ela contou como viveu a descoberta da sua doença, o transtorno bipolar do humor, como conseguiu enfrentá-lo e dominá-lo no decorrer do movimentado período de militância política durante a ditadura, criar três filhos e construir uma vida ativa e plena. Este segundo livro é uma ficção, uma história inventada. Mas nem tanto... Ela inventou esse prédio, o condomínio onde mora a Maria e as situações do seu cotidiano. Mas a Maria tem muito da própria autora: ela não é viúva, felizmente, mas é da mesma geração e conhece muito bem as mazelas próprias da idade avançada. E principalmente, como a Maria, ela é portadora do mesmo transtorno bipolar. Através do seu personagem, a Cristina consegue passar ao leitor sua preciosa experiência de como encarar e como lidar com essa doença que pode ser bem pesada e limitadora. Mais que isso, o livro é no fim das contas uma lição de vida, de como envelhecer de maneira sadia. Além disso, pelo seu estilo leve e sensível, é um livro divertido!