Todos os escritos de Santa Elisabeth são um cântico à misericórdia da Santíssima Trindade, que nos embebe no seu amor. A misericórdia de Deus não se limita à palavra ‘misericórdia’. O mundo de hoje, mesmo na Igreja, se inflama muito de misericórdia, graças ao Papa Francisco, mas depois, na vida de cada dia, a misericórdia nem sempre é praticada. O livro do Carlos Vargas vem em boa hora para que não se esqueça de que não se pode viver e meditar a misericórdia de Deus num ano e, depois, fechar a porta. Mas como o Papa Francisco sempre diz: ‘a misericórdia divina percorre a nossa vida’. Essa chuva de misericórdia, pela intercessão de Santa Elisabeth, vai fecundando os nossos desertos humanos, afetivos, intelectuais e sociais. Santa Elisabeth da Trindade é uma educadora e formadora finíssima. Se eu tivesse dinheiro, daria os escritos dela aos sacerdotes, seminaristas, religiosos e leigos de todo o mundo para que, lendo a riqueza da sua espiritualidade, não se tornem indiferentes ao amor de Deus que quer se manifestar e tocar os corações de todos. Penso que um dia deveríamos estudar a ‘laicidade’ de Santa Elisabeth da Trindade. A maioria das suas cartas é dirigida a leigos, nas quais ela se mostra consciente de que todos são chamados à santidade.”