“Violência causa sangue no olho.” — Duda Falcão, escritor “A coletânea apresenta possibilidades interessantes (…) por dar espaço a figuras marginalizadas no gênero e na História” — Luiz Felipe Baute, pesquisador sobre o faroeste e suas relações socioculturais. Em um país onde não há mocinhos, toda história é faroeste. Desde a chegada dos europeus, o Brasil é um verdadeiro duelo entre oprimidos e colonizadores, onde os únicos vencedores são os donos de terras e os poderosos. Por isso, desde cedo, a população aprendeu a enfrentar as dificuldades com determinação e os olhos vermelhos de raiva. Nesta coletânea, choveu chumbo em oito histórias em quadrinhos carregadas de violência e senso de justiça. Misturando a rispidez dos faroestes contemporâneos com questões sociais do passado e presente brasileiros, viajando pelo nosso extenso território. Páginas que falam de dores e perdas dignas dos grandes westerns. O xerife Raphael Fernandes organizou estas páginas em dois bandos. Entre os forasteiros que escreveram estão Gustavo Whiters, Felipe Cazelli, Raphael Fernandes, Leonardo Melo, Thaïs Kisuki, Alexey Dodsworth, Caio H. Amaro e Eduardo Kasse. Já os desenhos que ilustram este universo são dos pistoleiros estampados nos cartazes Weslley Marques, Chico Silverio, Vitor Wiedergrün, Jader Corrêa, Paloma Diniz, Sandro Zambi, Má Matiazi e Messias Tartini. Desbravando histórias de vingança, sobrevivência e resistência, Sangue No Olho é uma carta de amor bruto aos faroestes trilhando do sertão à floresta, do norte ao sul. Entre neste boteco, peça a sua bebida e fique de bem olhos abertos. Porque as histórias de bangue-bangue da vida real não têm nada do heroísmo dos filmes de antigamente.